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segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Sobre A Intriga


“Palavras. Ações. Hipocrisia. As peças foram mexidas. Cheque-mate!”

Nesse meu longo tempo de existência (22 anos), achava que algumas pessoas fossem isentas de uma boa manipulação externa. Mas meu raciocínio me informou, com muito pesar, que eu evidentemente estava errado. Tudo porque todos estão à mercê dos efeitos crônicos da Intriga.
A tecla que aperto desta vez não é sobre “quem?” ou “o quê?” torna a Intriga presente pelo motivo que me leva a crer que a maioria já saiba a causa disto. Contudo, penso no “como?” e “por quê?” de nós deixarmos manipular por questões que, quase sempre são infundadas, sem embasamento, e que muitas vezes são formuladas em cima de hipóteses.
Penso eu, que para deixar-se conduzir deve haver algo maior frente à linha de raciocínio do manipulado, que casa perfeitamente com as idéias do manipulador. Motivos esses que deve ser forte o suficiente para quebrar qualquer referência de boa conduta da parte de quem se deseja atingir com isto.
Sempre ouvi dizer que “palavras têm poder” e coisas como um bom incentivo ou acontecimentos como estes não deixam meu raciocínio se sentir superior e novamente me informar que estou errado.

(Espero que esta crise seja contornada, e sigamos em frente.)

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Sobre A Superação


“O paradoxo é que você se foi, porém ainda permanece aqui.”

(Peso desculpa a quem incomodar, mas superar para mim não é esquecer, e sim aprender a conviver com o não está mais presente.)

A morte é um assunto que sempre nos deixou curiosos sobre sua verdadeira natureza nos deixando uma incógnita se sua única finalidade é para o controle dos seres vivos ou se há algo além. O espiritismo afirma que há “algo além” depois da morte. O catolicismo diz que aos “salvos” há um lugar reservado para aqueles que tiveram uma conduta dentro dos mandamentos. (tem muita gente ferrada, então!), e o evangelismo afirma algo quase igual. Entretanto, nenhuma religião consegue provar por A+B que realmente isto é fato, só estabelecendo estas possibilidades no imaginário popular. Existe uma grande variação de conceitos que levam ao mesmo assunto e para aqueles necessitam mais de comprovações a um discurso bem formulado, não chegam a convencer.

Em falta de uma informação concreta sobre isto, usemos os informantes de um “além” que nem sei se existe – os sonhos, que talvez nos digam mais do que conceitos religiosos.

(Coisas que ainda acontecem)

Cinco meses se passaram depois da morte da minha avó e ainda é estranho chegar, e não vê-la sentada em sua poltrona preferida pronta para discutir sobre qualquer situação de seu desagrado, com uma emoção e vigor admiráveis para sua idade. Depois desses 167 dias, ainda parece que ela foi apenas dar um passeio e a qualquer hora vai chegar.

Ainda é difícil, e superar é aprender a conviver. E ainda estamos nos adaptando à sua falta.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Sobre Os Bons Momentos


“Deitados ali, era desconfortável observar as horas passarem anunciando o prelúdio da separação.”


Constatar-se que quando estamos ao lado de quem gostamos, palavras são poucas para se fazerem entender que cada momento é intensamente apreciado e o tempo é visto como um inimigo cruel que arrebata as horas sem piedade alguma.
Estar ao lado de se gosta perece criar uma atmosfera do qual não estamos acostumados nos dias comuns, daí penso que o prazer da situação se acentua, já que o comum não nos atraí e o incomum atraí muito mais os sentidos, que logo mostram o caminhos corretos a serem vivenciados. Seretonina, talvez?
Entretanto, já que gostar faz tão bem, não só a mim, mas também a todos, dedico este texto a todos que passam pouco tempo com quem gostam, amam, ou simplesmente apreciam em silêncio. Sejamos verdadeiros guerreiros contra o tempo e que fiquem as lembranças porque elas estão isentas do maldito relógio.

Sobre O Sofrimento


“Será que o sofrimento é realmente opcional ou é uma condição?”

Li em algum lugar (ou alguém me falou, não lembro ao certo), uma frase que diz mais ou menos assim: “Sentir dor é normal, mas o sofrimento é opcional.”. Lendo isto e pensando a respeito concluo que o autor desta frase não sabia do que estava falando. Pessoas próximas de mim terminaram um relacionamento de quatro anos, e isso me remete ao fim do meu próprio relacionamento. E o que temos em comum é que ambos sofremos sem ter como recorrer a uma opção de não aceitar esta condição de sofredores. Com o fim, não querendo cair em uma redundância, muitas coisas simples e necessárias acabam. Costumes, hábitos, vozes, jeitos, sorrisos... Tudo isto deixa um profundo vazio, dando vigor à única coisa presente nesse momento, que cada um se sente como uma casa vazia, antes, mobilhada, com pessoas lhe dando sustentação, e agora com um solitário móvel centralizado no quarto. Isso é sofrer. Sentir-se assim como esta casa, como este quarto.

domingo, 14 de setembro de 2008

Sobre As Recaídas


"O orgulho se foi, eu cogitei e fiz o que decidi que não mais faria."

O orgulho é um virtude interessante em minha opinão, pelo fato dele moderar nossas atitudes que nos levariam a submissão ou á humilhação, dependendo de cada caso. Como a vida é cheia desses casos, em minha vida meu orgulho foi testado e eu fatalmente o apulhalei para meu próprio bem estar, que a tardar me deixou com um sentimento que mesclava diversos outros, não me deixando compreender se o resultado de eu ter feito o que certa vez eu disse que não faria, foi positivo ou não.
Situações amorosas sempre deram um nó cego na minha mente e dessa vez não seria diferente. Uma questão que me fez pensar que "nunca mais" fosse a melhor solução a curto prazo depois de ser deixado, foi a alto-preservação. Isso mesmo! Minha alto-preservação me fez aparentar ser superior a tudo aquilo, apesar de ter escultado de uma maneira bem audível: "não sei o que sinto por ti.".
De repente um novo conceito apareceu e decisões foram trassadas de uma maneira voráz.
Logo, com a ajuda do meu melhor conselheiro; o orgulho, fui reformulando aos poucos minha faxada, assim ficando pronto para outras avarias.Foi quando tudo isso desabou novamente quando copos e mais copos de cervejas foram virados, idéias ficaram mais sucessíveis, e tudo o que eu pensava a respeito daquela situação, que preencheu as lacunas do meu sono por meses, foi esquecido. Tudo motivado por um olhar que eu não aprendi a resistir.
Isso tudo finalmente me fez chegar a uma estranha conclusão. Há certas coisas que simplesmente não podemos lutar porque nosso verdadeiro eu é mais sagaz, e mesmo que isso possa contradizer o que achamos que pensamos, há uma coerência que se torna muito difícil de explicar a si mesmo, e a única maneira de intender-se é tendo um grande conhecimento sobre seus próprios pensamentos.
Complicado, não?

Sobre A Responsabilidade


“- O que tu vai ser quando tiver 22 anos? – perguntou uma criança a outra.

-Vou ser médico! – respondeu ao indagador – e tu?

-Astronauta! –respondi.”

Quando era criança e brincava de carrinho com um amigo, lembro de ter feito esta pergunta a ele e hoje, 13 anos depois, vejo que as coisas são demasiadas diferentes do que esperávamos.

1° Não vejo meu amigo com freqüência alguma, mas sei que ele tem uma linda filha.

2°Não me tornei astronauta, mas pelo menos não tenho uma filha.

3º Perdi meu apreço pelas estrelas e não quero ser mais astronauta.

4° Fico me questionando sobre o que serei quando tiver 30 anos.

5° Ainda adoro carrinhos!

Na infância as únicas coisas que nos são diminutos são a estatura e os problemas. O tempo é maior. A felicidade é maior. Os amigos são maiores. As brincadeiras são mais divertidas. E me pergunto por que a tal responsabilidade se manifesta de uma maneira voraz, nos impelindo a fazer coisas desmotivadoras, desprovidos de vontade, nos deixando na condição de proletariados sedentos por um salário mínimo.
Será que se eu perguntar o porquê disto ao meu amigo e sua filhinha, eles me respondem?
A verdade é que a vida é feita de fases, ou alguém decidiu que ela seria assim ( O capitalismo, talvez?), e sem percebermos, as situações nos impulsionam a buscar conforto, seja para nós ou quem acharmos necessário; nossos pais, afetos, amigos, todos!
Porém enganam-se aqueles que pensam que responsabilidade é uma má feitora. Pelo contrário. Depois de aceita de bom grado, ela ajuda a moldar o caráter tornando o individuo muito mais apto para o que está por vir.

“- Médico? – indagou a criança desconfiada – mas tu morre de medo de sangue!

- E tu? Como vai ser astronauta se tu tem medo de altura?”

Um abraço ao meu sempre amigo Adriano.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Sobre um Coração Partido


"Apesar de gostar muito de você, senti vontade de te ver triste para poder te acalentar nos meus braços."


Não sei quando surge, não sei quando se torna presente. Entretanto, quando se ama alguém de verdade e de alguma forma esse sentimento se reprime, tornando-se platônico, uma arremessa de pensamentos egoístas fluem com tanta naturalidade que é quase impossível de não pensar que o ser humano apenas quer ver outro  feliz, se esta felicidade for proporcionada por ele mesmo.


(Coisas que aconteceram)


“Amei muito alguém no passado. Foi muito bom sentir aquela sensação que vai rareando de acordo com a passagem da vida. Nos éramos como unha e carne. E crianças. Com o passar do tempo, as coisas foram mudando entre nós. E por faltar palavras, e não sentimentos, nos afastamos. Hoje, crescidos, os acontecimentos nos puseram em situações diferentes, mas ainda no fundo cultivo um grande carinho que se confunde ás vezes, até hoje.”