RSS Feed

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Sobre O Tempo (Parte II)



“Já disse alguém que o Tempo muda personalidades, cura mágoas e transforma as coisas...”.

Estava eu andando por Belém, minha cidade natal, como sempre faço quando os pensamentos me são abundantes a fim de descarregá-los, deixando-os em sua maioria pelo caminho, quando me deparei com uma árvore que de alguma forma me chamou atenção. Fato esse que achei curioso por viver em uma cidade que muitas mangueiras são vistas pelas ruas. Então parei e observei-a (ato que chamou certa atenção de quem passava no momento da minha vistoria a árvore) e logo me foi possível entender o que havia me chamado à atenção; seu estado. Era uma árvore grande, certamente já tinha vivido muito, e se podesse nos falar, seria de grande proveito sua sabedoria. Mas o Tempo havia a deixado estranha. Sua casca amarronzada, suas folhas semi-secas, mas ainda sim, com um ímpeto que as outras não tinham. Isso desencadeou em mim vários pensamentos a respeito do Tempo e aí vão alguns deles:
-Infelizmente (ou felizmente!) é necessário crescer para se entender as coisas, e isso não só vale para as crianças. Nossa “mente” está em constante evolução, que pode se estaguinar, se experiências não forem vividas ou ao menos presenciadas.
-O ser humano sempre é subjugado pelo Tempo, não se tratando de envelhecê-lo até a morte vir beijar-lhe o pescoço, mas sim em sua real personalidade. Fazendo que sua grandeza ou vil caráter seja exibo feito uma medalha de 1° lugar.
-Indecisões tornam-se claras. Seja pelo fato das opções começarem a se tornarem escassas ou pelo fato de se pensar tanto no “fato” que o cérebro, entediado, mostra logo a solução que antes não era evidente.
-Os sentimentos, seja ele qual for, mudam! Seja para melhor ou para pior na concepção de quem sente.
-É uma questão de Tempo pra que conceitos formados sejam desfeitos e tornem-se pré-conceitos. A única certeza que temos é que o fim é certo, e coisas não antes vividas, escolhidas, decididas, experimentadas, aproveitadas, tornam-se uma questão de um “tempo relativo”, que pode levar de três, quatro ou seis anos, a uma vida inteira.
-Amigos são para vida toda até o momento que você queira, ou até que a distância, mental ou física (que não passam de Tempo disfarçados), faça o trabalho de findar a vida que partia da amizade.
-A maldade do Tempo para poucos é percebida. Disfarçado também de razão, ele faz com que nossa percepção de mundo seja esquecida, alterada. E muitas vezes nos privando de usufruirmos de coisas boas da vida, como uma árvore - por exemplo, e usa como “álibis da razão”, os outros que não perceberam que foram manipulados por essa figura com diversas facetas chamada de Tempo.
Particularmente achei incríveis as lições que eu pude extrair de uma árvore e isso me fez escrever “Sobre O Tempo-parte II”, assim posso, sempre que me for conveniente, lê-las e fazer delas “pensamentos de consultas diárias”. E desde já agradeço aos meus problemas, porque se não fossem por eles, não caminharia tanto. Sendo assim, termino por aqui.